A diretora pedagógica do IFESP, Pauline Charoki, conversou com o famoso chef francês, Philippe Gobet, diretor da prestigiosa escola de gastronomia Lenôtre. Ele contou um pouco sobre sua história e como ele chegou ao topo.
Nascido no centro do Beaujolais, em uma família de 9 crianças, Philippe Gobet se inicia na cozinha francesa através dos livros de culinária, dos jantares em família e “cozinhando depois da escola”. Ele se formou no colégio hoteleiro François Rabelais de Lyon. Com o diploma em mãos, Georges Blanc o recebe no seu restaurante, onde depois de 20 anos ele se torna chef pâtissier.

Ambicioso, ele abre seu próprio restaurante em Lyon, Les enfants Terribles, e, alguns meses mais tarde, ele encontra “seu pai espiritual” Joël Robuchon, que decide contratá-lo para o restaurante Jamin e depois para o restaurante Joël Robuchon em Paris, iniciando uma bela e longa colaboração.

Ele aprende “o respeito pelo trabalho bem feito e a intransigência na escolha das matérias primas de qualidade”. Ele viaja pelo mundo inteiro e aprimora seus gostos e técnicas para a pâtisserie. Mas ele não pára por aí e decide se apresentar no concurso do “Meilleur Ouvrier de France en Cuisine”, recompensa nacional do “saber-fazer”, que ele obtém com brio.

Após 13 anos junto ao grande chefe Robuchon e 6 meses sob a direção de Alain Ducasse, ele é contratado como professor de cozinha e pâtisserie pela École Lenôtre, onde mais uma vez ele sobe rapidamente mais alguns degraus para ser nomeado diretor das escolas Lenôtre em 2004. Ele criou o Master Class Lenôtre, que visa a formação profissional intensiva para os ofícios da cozinha e da pâtisserie, além de um serviço de conselho para mais de 100 países e um projeto das escolas amadoras para democratizar esta arte.

Todos os anos ele recebe e forma brasileiros que “já falam francês quando chegam, assimilam rapidamente as técnicas e dão provas de criatividade”. Philippe Gobet acompanha com grande orgulho a brilhante carreira dos seus alunos brasileiros, tais como Samantha Aquim , Carla Daudt, Adriana Carioba ou Isabel Aranha Coelho (ela trabalhou com chefs de peso como Alex Atala, dono do restaurante D.O.M).

Ele viaja regularmente ao Brasil para participar de conferências quando há congressos internacionais, encontros culinários, demonstrações e jantares de gala, como o Dîner des Générations que ocorreu em São Paulo no fim de 2009 e reuniu 24 dos maiores chefes franceses. Ele também gosta de aproveitar este “belo país”, de onde sua esposa é nativa, e onde encontra e reúne seus amigos e colegas para uma boa refeição.

Fonte: O melhor de Paris