Após seu marido, Steven Jerry Newport, ser diagnosticado com suspeita de Alzheimer, a médica pediatra Mary Newport, da Flórida, Estados Unidos, decidiu estudar mais sobre a doença. Foi quando a médica optou por oferecer óleo de coco a ele, acreditando que as gorduras presentes no alimento pudessem melhorar o cérebro de seu marido.

De fato, poucas semanas após incluir o óleo de coco em sua dieta, Steven começou a melhorar. E com o passar dos meses, ele retomou uma série de atividades que havia perdido a capacidade de realizar, como a corrida e a leitura.

A melhora impressionante do marido fez com que Mary escrevesse um livro “Alzheimer disease: what if there is a cure? (Doença de Alzheimer: e se existir uma cura?, em tradução livre)”. O caso tornou-se famoso e reportagens com Steven, como esta logo abaixo, viralizaram pela internet. O que levou a grande questão: óleo de coco é mesmo capaz de curar o Alzheimer?

O nutrólogo Roberto Navarro, especialista do portal Minha Vida, explica que nenhuma pesquisa comprovou a relação entre Alzheimer e óleo de coco ou até mesmo entre o alimento e o cérebro. “O que houve com Steven Newport é um relato de caso, existem muitos relatos de caso, mas nenhum estudo foi feito para comprovar. Por isso, não é possível afirmar que o óleo de coco tem qualquer relação com o Alzheimer”, explica Roberto Navarro.

O próprio Steven, infelizmente, não foi curado por meio do óleo de coco. Durante um ano consumindo o alimento ele apresentou melhora, depois passou dois anos com o quadro estável e em 2013 voltou a piorar. Steven faleceu em janeiro de 2016 e sem uma certeza sobre se ele realmente tinha Alzheimer ou Demência com corpos de Lewy.

Porém, a Universidade do Sul da Flórida, Estados Unidos, iniciou uma pesquisa sobre a relação entre óleo de coco e Alzheimer, então a expectativa é que em breve a ciência possa responder se realmente existe alguma relação entre Alzheimer e óleo de coco.

Outros benefícios do óleo de coco já foram observados em pesquisas. “Um estudo mostrou que quando reduzimos o consumo de carboidratos simples, como doces, e substituímos esses alimentos por óleo de coco pode ocorrer redução do risco de doença cardiovascular e diminuição da circunferência abdominal”, conta Roberto Navarro. Porém, é essencial não abusar do consumo de óleo de coco. A ingestão diária do alimento não deve ultrapassar uma colher de chá ao dia.

Fonte: Minha Vida