Qualquer bom cozinheiro amador tem uma série de mitos dos quais acredita. Muitos, inclusive, são conselhos da vovó, que volta e meia dizia que não era para congelar a carne novamente, que água salgada ferve mais rápido e que dá para saber a qualidade do ovo jogando ele na água, por exemplo.

Mas nem todas essas sabedorias são verdadeiras. Reunimos alguns dos mitos de cozinha mais difundidos!

O mito: para saber se o ovo está ruim, basta colocá-lo na água

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De forma geral, a lenda diz que uma bolsa de ar cresceria dentro do ovo a medida que ele fosse se tornando mais velho. Assim, ver o quanto ele flutua na água seria uma maneira rápida de saber se a qualidade está boa ou ruim, pois aqueles que afundam estariam mais frescos. Um ovo realmente ruim, no entanto, não precisa de um teste de flutuação. Uma rápida olhada já denuncia se ele está bom ou não para consumo.

Além disso, um ovo não vai flutuar apenas porque está podre. Devido a sua constituição, ele tem densidade maior do que a água. Assim, quando colocado nesse líquido, o empuxo é menor do que o peso. Por isso, ele afunda. Quando adicionamos sal a essa água, por exemplo, a presença desse elemento dissolvido aumenta a densidade do líquido, de forma que ele fica maior do que a densidade do ovo. Assim o ovo está sujeito a um empuxo maior, equilibrando o seu peso e fazendo com que ele flutue, estando com gases (de podre) ou não. Ou seja: falar que ele só vai flutuar se estiver podre, por exemplo, é uma lenda.

O mito: adicionar sal à água a faz ferver mais rápido

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Adicionar sal à água tem seus benefícios, como dar mais sabor para a água em que se cozinha o macarrão. Mas basta colocar após a fervura, não precisa ser antes. Isso porque o sal não faz com que ela ferva mais rápido, pelo contrário.

A água pura no nível do mar ferve a 100ºC. Ao acrescentar sal, ela precisará de mais calor para ferver – logo, levará mais tempo. Por isso, para não atrasar muito o preparo, coloque o sal depois que a água estiver já fervendo.

O mito: quando as batatas ficam verdes, tornam-se venenosas

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Este é parcialmente falso. O verde que, às vezes, aparece sob a pele de batata é de fato uma toxina natural chamada solanina, uma substância química que pode causar sintomas de intoxicação quando ingerida em grandes quantidades –incluindo náuseas, diarreia, vômito, dores de cabeça e estômago, queimação na garganta e tonturas.

A solanina tende a se concentrar sob a casca das batatas juntamente com a clorofila e costuma estar presentes nos brotos em crescimento. No entanto, não é em qualquer quantidade que irá prejudicá-lo (a menos que você planeje comer muita batata de uma vez só). Existem muitas outras toxinas em nossos alimentos (como a cafeína), que não são prejudiciais em doses suficientemente pequenas.

O mito: alho vem antes no refogado

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Esse é um tema polêmico. Há quem prefira colocar o alho antes e vice-versa. Mas a literatura culinária recomenda que a cebola sempre entre antes no refogado, já que ela solta muito mais água e, por isso, leva mais tempo para dourar. Se o alho for colocado antes, é bem provável que ele queime e libere um gosto amargo na comida.

Mito: não se deve congelar novamente uma carne que foi descongelada

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A carne pode ser congelada novamente depois de descongelada sem problemas –desde que ela tenha sido mantida em geladeira todo o tempo. Mas é importante lembrar que, durante este processo, a carne vai perdendo qualidade em textura e sabor.

Fonte: UOL