A pimenta sempre dá um toque especial na comida mas, no geral, as pessoas amam ou odeiam esse ingrediente. Só que tem muito mais sobre ela do que o potinho de pimenta-do-reino na sua mesa ou o vidrinho de molho de pimenta malagueta no armário podem dizer. Das diferenças entre os sabores até os perigos reais de picar alguns tipos de pimenta sem proteção, descubra curiosidades e cuidados para lidar com o condimento.

Pimentões fazem parte da família

Os inofensivos pimentões, quem diria, são “parentes” das malaguetas e das pimentas calabresas. As plantas fazem parte do gênero Capsicum, originário no continente americano e devidamente espalhadas pelo mundo afora graças aos colonizadores espanhóis.

Existe uma escala de “queimação” das pimentas

O farmacêutico norte-americano Wilbur Scoville dedicou sua vida a estudar as pimentas – mais precisamente, o que faz com que elas sejam tão ardidas. A chamada Escala de Scoville mede a quantidade de capsaicina (o elemento que causa a picância) em cada tipo de pimenta.

O pimentão é considerado o zero absoluto da escala, já que ele não contém capasaicina. A pimenta mais forte já registrada na escala é a norte-americana Carolina Reaper, criada a partir do cruzamento de outras pimentas no topo da escala de ardor. Seu sabor foi descrito como sendo inicialmente doce… Mas depois transforma-se em “lava derretida”.

O segredo das pimentas frescas está na semente (e no modo de preparo)

Tem jeito de deixar as pimentas frescas menos fortes – na hora de preparar, remova as sementes e as partes brancas de dentro da planta. É lá que se concentra a maior parte da capsaicina. Para adicionar na comida, é recomendado picá-las antes de acrescentar os outros ingredientes – e, quanto mais picante for, mais picadas elas devem ser para que seu sabor não acabe dominando todo o prato.

O país com mais pimentas não é o México

É comum associar comida apimentada com pratos mexicanos – que, de fato, apreciam o condimento e tem muito orgulho de suas espécies nativas, como o tabasco e o jalapeño. Mas o Peru e a Bolívia contam com o maior número de espécies de pimentas – sejam elas cultivadas (no caso do Peru) ou nativas (no caso da Bolívia).

Em se tratando de ardor, tamanho é documento

Quanto menor a pimenta fresca, mais forte ela costuma ser. E a natureza foi sábia na coloração: quanto mais vermelha e madura ela for, mais ardida…

Pimentas frescas podem queimar de verdade

Acredite: picar pimentas pode ser um esporte bem perigoso – a capsaicina pode deixar suas mãos ardendo por um bom tempo. Use sempre luvas para lidar com o ingrediente e – por mais óbvio que pareça – não coce os olhos ou o rosto enuanto estiver lidando com as pimentas. Em caso de contato acidental, lave muito bem as mãos com água e sabão e esfregue um pouco de óleo ou azeite – isso ajuda a remover a substância que causa a queimação.

Pimenta-do-reino é outro departamento

A pimenta-do-reino não faz parte da família dos pimentões e malaguetas: elas são as sementes de uma planta trepadeira e tem seu sabor característico graças à ação de outro elemento químico, a piperina. A diferença da pimenta-preta para a pimenta branca ou verde é somente a época de colheita e o método de processamento. A chamada pimenta-rosa vem de ainda outra planta: são as sementes de uma árvore, a aroeira.

Quanto mais fresca, melhor

No caso da pimenta-do-reino, não adianta deixar o pimenteiro fazer aniversário dentro do armário: para garantir o sabor próprio do condimento, é sempre bom moer as pimentas na hora. Para conservar o sabor, guarde os grãos em um pote hermeticamente fechado.

Pimenta demais no prato? Tomar água não é a solução ideal

O prato ficou “quente” demais para você? Não pense em tomar água – ao invés disso, tome um gole de leite ou coma um pouco de arroz ou de pão puro para aliviar o ardido. A água só espalha ainda mais a pimenta pela sua boca.

Fonte: UOL