Talvez você ainda não tenha decidido ainda o que irá comer hoje, mas já pode ir se preparando para o que vai ser tendência na gastronomia em 2017. Saiu a lista das dez grandes apostas de acordo com uma pesquisa de tendências do Sterling-Rice Group, que fica em Boulder, no Colorado. De acordo com Liz Moskow, diretora de gastronomia do grupo, teremos chocolate no café da manhã, sardinhas no almoço e cabras no jantar.

A sustentabilidade, a preocupação com a saúde, a vontade de descobrir sabores ainda pouco globais e retomar métodos tradicionais de cozinha vão crescer ainda mais.

Chocolate de manhã: Já é comentado que chocolate amargo é bom para a saúde. A pesquisa da universidade americana Syracuse concluiu mais: entre os benefícios está a capacidade de raciocínio, a melhora na memória e no foco. A Tel Aviv University completa: a sobremesa, quando consumida pela manhã, ajuda na perda de peso. Então, está entendido: bolo de chocolate logo de manhã.

O que diz o seu dosha: tudo começou com a cúrcuma na lista de trend topics da cozinha em 2016. Os vários benefícios fizeram as pessoas a começarem a tingir suas comidas com aquele amarelo vivo clássico na Índia. Agora, é para ir além, mais precisamente na direção do seu dosha (Vata, Pitta e Kapha). No ano que vem, as pessoas vão comer de acordo com o que diz a medicina indiana Ayurveda, que define os alimentos que devem ser consumidos de acordo com cada dosha.

“Carnes” vegetais: grão-de-bico, milho, leguminosas e cogumelos tomarão o posto das carnes. Haverá o crescimento do vegetarianismo e do veganismo, mas, principalmente, o aumento de carnívoros que irão buscar alternativas à carne de todo dia. Eles irão comer carne, sim, mas em menor quantidade. Esta mudança acontecerá muito pela conscientização sobre a produção da carne, investigada por uma serie de documentários que estão sendo produzidos e assistidos.

Sem desperdício: consumidores e empresas vão reduzir o desperdício dos alimentos, reutilizando caules, cascas e tudo que tradicionalmente seria descartado. O impulso para esta mudança será a vontade de consumir com mais consciência ambiental e social. As receitas são criativas, como picles de casca de melancia, arroz de caule de couve-flor e muito mais.

Sardinhas: ela não está entre os peixes mais concorridos das peixarias e restaurantes. No entanto, por ser rica em proteínas, ômega-3 e barata isso irá mudar em 2017. Para além de Portugal, que sempre colocou a sardinha em posto de luxo, aparecerão versões modernizadas e maneiras novas de preparo deste peixe.

As conservas portuguesas de sardinha – Fabio Seixo / Agência O Globo

Noodles: será o autêntico, artesanal, feito na hora, fresquinho. Assim como acontece nos restaurantes chineses mais tradicionais. As casas vão contratar especialistas em noodles para jantares especiais, como já acontece no The Handpulled Noodle e Xian Foods em Nova York, e também no Kam Hong Garden, em Los Angeles.

Coquetes sem álcool: são chamados de mocktail e os mixologistas estarão de olho neles, com cartas especiais e misturas criativas. Ninguém mais vai precisar pedir um refrigerante ou cerveja sem alcool quando não quiser beber. Haverá uma série deles em todos os bares mais antenados.

Drinques ganharão versão sem álcool – Rodrigo Azevedo/Divulgação

Cabra: esta será a carne de 2017. Com menos gordura do que a maioria das outras (até mesmo do frango!), é rica em proteínas e leve. Se o leite de cabra já deu seu boom, agora será a vez da carne capril. Além disso, já há um movimento que considera que o caldo de osso de cabra tem propriedades mágicas para as articulações, cérebro e intestino.

Na onda dos apps: assim como Uber e Airbnb, o aplicativo EatWith conecta casa cozinheiros com pessoas famintas. Os dois marcam e o cozinheiro vai à casa do cliente preparar a refeição. A ideia é boa, só resta saber se vai pegar por aqui.

A comida dos imigrantes: os refugiados estão espalhando culturas gastronômicas pouco conhecidas por todo o mundo. Este movimento trará inúmeras fusões de sabores entre o Oriente Médio e o resto do mundo. Receitas que vão muito além do hummus e do kebab. As cozinhas estarão abertas para estes sabores.

Fonte: O Globo