Apesar do nome, a Oktoberfest (festa de outubro, em alemão) começa em setembro, duas semanas antes do final do mês, e termina no primeiro final de semana de outubro. Criada para celebrar o casamento do príncipe Ludwig da Bavária com a princesa Therese, em 1810, tinha a duração original de 12 a 17 de outubro, mas foi esticando, esticando, até ficar com a duração de hoje, e foi sendo adiantada porque em setembro o clima está menos frio, deixando a festa mais confortável para os alemães e os milhares de turistas.
Diversas cervejarias, alemãs ou não, produzem um lote sazonal para a comemoração da maior festa cervejeira que existe, estampam “Oktoberfest” no rótulo e aí começa a confusão.
Originalmente, uma Oktoberfest era bem próxima do estilo Märzen, uma cerveja mais escura, encorpada e lupulada. Porém, o estilo foi sendo mudado, ficando mais claro e mais leve, parecido com uma Helles – ou seja, mais comercial, mais fácil de vender, melhor para ser bebida em grande volume durante a festa. Há cervejarias que fazem a receita bem próxima ao estilo original, há as que produzem o estilo na versão moderna e há, ainda, as que fazem um estilo fora de qualquer padrão e também o chamam de Oktober só porque é a sazonal de outubro. Ou seja, não está fácil saber exatamente o que esperar.
Teoricamente, só poderia ser chamada de Oktoberfest uma cerveja feita em Munique por uma cervejaria participante da festa. Por esse motivo, muitas cervejarias, principalmente as alemãs de outras cidades, optam por chamar suas cervejas de Festbier, que também pode ser qualquer outra cerveja feita para uma festa, sem um estilo definido, em qualquer época do ano.
A seguir, os rótulos que estão chegando agora aos pontos de venda em São Paulo.
Seis rótulos especias da Oktoberfest
-
Brooklyn Oktoberfest
A versão estadunidense, mas feita com maltes e lúpulos alemães, é uma ale de corpo médio, bem maltada, com notas de caramelo e sutil tostado,e amargor equilibrando no final do gole. Origem: EUA; R$ 24 (355ml) na Cervejoteca.
-
Bamberg Die Wiesn
A mais fresca que os paulistas podem tomar, podendo ter mais aroma dos lúpulos florais do que as importadas. Uma lager âmbar, com as notas de cereal e biscoito vindas do malte e equilibradas com o amargor. Origem: Votorantim (Brasil); R$ 15,40 (600ml) na Bamberg Express.
-
Brooklyn Oktoberfest
A versão estadunidense, mas feita com maltes e lúpulos alemães, é uma ale de corpo médio, bem maltada, com notas de caramelo e sutil tostado, e amargor equilibrando no final do gole. Origem: EUA; R$ 24 (355ml) na Cervejoteca.
-
Bamberg Die Wiesn
A mais fresca que os paulistas podem tomar, podendo ter mais aroma dos lúpulos florais do que as importadas. Uma lager âmbar, com as notas de cereal e biscoito vindas do malte e equilibradas com o amargor. Origem: Votorantim (Brasil); R$ 15,40 (600ml) na Bamberg Express.
-
HB Oktoberfestbier
Feita na cervejaria da prefeitura de Munique e também dona da mais concorrida tenda da festa. É uma lager com boa presença de malte e amargor médio. Origem: Alemanha; R$ 19,95 (500ml) no Empório Frei Caneca.
Eisenbahn Oktberfest
Produzida para comemorar os 25 anos da Oktoberfest de Blumenau, a maior fora da Alemanha e na cidade da cervejaria. É dourada, cristalina, com sabores bem presentes do malte e leve amargor. Origem: Blumenau (Brasil); R$ 8,90 (355ml) no Clube do Malte.
Erdinger Oktoberfest
Não tão comum para uma Oktober, é do estilo weissbier. De cor âmbar, é bem aromática, trazendo as típicas notas frutadas e condimentadas, que lembram banana e cravo, das cervejas de trigo alemãs. Origem: Alemanha; R$ 36,60 (500ml) na Choperia Munique.
Weihenstephaner Festbier
Obra da cervejaria mais antiga do mundo ainda em atividade, de 1040, tem coloração dourada e o amargor médio e persistente aparecendo mais do que as notas do malte. Origem: Blumenau (Alemanha); R$ 21,90 (500ml) na Cerveja Store.
Fonte: Paladar