A Cerveja e o pão foram primordiais no desenvolvimento da alimentação e saúde do homem. Foi graças à cerveja que se descobriu que as pessoas ficavam doentes por causa dos germes.

A microbiologia teve inicio quando “Louis Pasteur” trabalhava no aprimoramento da cerveja e notou que a causa da rápida deterioração da cerveja  eram microorganismos, então. ele desenvolveu o método de pasteurização para a cerveja e que depois foi aplicado para o leite e outros.

A cerveja na Grécia e Egito antigo era receitada e considerada um remédio eficaz e com propriedades antibióticas, mas foi só na idade média que a cerveja atingiu sua máxima e vital importância, quando a água na Europa – daquela época – tornou-se um risco à saúde pela falta de saneamento básico e as epidemias de cólera que se multiplicavam.

Então, o consumo da cerveja como bebida fermentada era considerada segura – foi então que a bebida ganhou força e fama.

O processo de fervura, fermentação e o teor alcoólico, mesmo utilizando as águas poluídas, era suficientes para eliminar grande parte dos germes.

E m 1894 a cervejaria “Guinness” queria fabricar a bebida durante todo o ano e não somente no inverno, como era o costume. Precisava, então de refrigeração para poder armazená-la. Com isso, o sistema de refrigeração artificial foi desenvolvido pelo alemão Carl Von Linde a pedido da cervejaria Guinness.

O pão e a cerveja caminharam juntos no desenvolvimento da civilização, eles preservavam os grãos por um tempo maior, impedindo o apodrecimento, e assim, a causa de muitas doenças.

A importância da cerveja, usada como salário, pagamentos, alimento e remédio por muitos séculos, do antigo Egito até os dias atuais, faz com que a cerveja, na Alemanha e em todo norte da Europa, seja considerada, ainda hoje como “pão líquido”.

Este artigo foi escrito por Fátima Del Nero, colunista do Portal FoodJobs. A Chef Fátima é hoje uma grande pesquisadora e incentivadora da gastronomia clássica brasileira e contemporânea, além de ser Chef e Colaboradora da Accademia Gastronomica, que espelha sua experiência na Scuola della Cucina Italiana de Milão, conceituada escola de culinária.