Uma campanha no Rio de Janeiro tem como meta arrecadar 100 toneladas de alimentos não perecíveis para as vítimas do furacão Matthew no Haiti, que matou mais de mil pessoas e deixou 62 mil pessoas desabrigadas no início de outubro.

A segunda edição da campanha “Alimente a Esperança, ajude o Haiti”, as doações estão sendo recebidas em todas as paróquias do Rio de Janeiro e no Hospital São Francisco na Providência de Deus, Rua Conde de Bonfim, 1.033, Tijuca, zona norte. Dentre os produtos pedidos estão: arroz, feijão, fubá, farinha de trigo, açúcar e macarrão.

Doações em dinheiro também serão aceitas. Os depósitos devem ser feitos em nome da Caritas – Arquidiocese do Rio, banco Bradesco, agência 0814-1, conta corrente 48500-4.

A primeira edição ocorreu há seis anos, quando um terremoto vitimou mais de 220 mil haitianos e assolou o país. A iniciativa é da Arquidiocese do Rio de Janeiro e a Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, que mantém obra social no Haiti desde 2011.

“Pedimos que o carioca novamente dê uma demonstração de solidariedade para ajudarmos os nossos irmãos haitianos”, disse o Frei Paulo Batista, diretor do Hospital São Francisco na Providência de Deus, no Rio de Janeiro.

Há cerca de três meses, a associação inaugurou no Haiti um novo Centro de Nutrição com capacidade para fazer até 60 atendimentos simultâneos. O espaço recebeu o nome da Dra. Zilda Arns, pediatra brasileira que fundou a Pastoral da Criança e que morreu no Haiti, onde estava em missão humanitária na época do terremoto.

Atualmente, mais de 650 pessoas são assistidas diariamente pelo projeto missionário que leva alimentação, atendimentos em saúde e educação para a população local. Cerca de 200 famílias recebem cestas básicas.

Semanalmente, médicos e enfermeiros atendem crianças e gestantes, que têm direito a medicamentos. Para quem passa pelo local, cerca de 2 mil pães, enriquecidos com uma multimistura que ajuda a combater a desnutrição, são distribuídos todos os dias.

“O pão substitui o Té, um biscoito feito de barro que os haitianos usavam para enganar a fome”, diz um dos responsáveis pela missão no Haiti, Frei Gabriel Alves.

Fonte: Exame.com