Fazer churrasco é uma arte. Para o catarinense Márcio Xavier, de 53 anos, é também um negócio que o fez mudar de vida. Natural de Joinville, em Santa Catarina, ele era dono de uma loja de autopeças desde a década de 1990. Em 2005, veio uma ideia que o fez pivotar a empresa e começar do zero em outro ramo.

“A gente gosta de churrasco e sempre quer deixar a carne melhor. Foi quando eu pensei em criar um espeto giratório, que deixa a carne mais uniforme, por causa do giro constante, e facilita o trabalho do churrasqueiro”, diz Xavier. Com os conhecimentos que tinha em mecânica, ele passou dois anos desenvolvendo o produto. Em 2007, entrou com o pedido de patente da tecnologia e resolveu transformar a loja de autopeças numa loja de artigos para churrasco. Nasceu aí a Xpeto.

A empresa é uma das expositoras na Feira do Empreendedor, em São Paulo. Feiras, aliás, são o que fizeram o negócio crescer uma média de 15% nos últimos três anos, apesar da crise. “Nós participamos de diversos eventos pelo Brasil inteiro.” O motivo: os principais clientes da Xpeto são outros empreendedores, como donos de supermercados, lojas de construção e casas de carne. O consumidor final consegue comprar as inovações criadas por Xavier no e-commerce da empresa.

O carro chefe é o espeto giratório, que pode ser conectado à tomada ou vir com uma bateria recarregável, mas o catálogo da Xpeto possui uma lista de mais de 70 produtos. Alguns destaques são os pegadores de carne com lanterna, para quem faz churrasco em lugares ermos, sem iluminação, e a variedade de grelhas.

Com um faturamento médio de R$ 1,5 milhão por ano, a Xpeto agora visa a entrada em novos mercados. “Já tenho consumidores na Argentina e no Uruguai e quero expandir para outros países da América Latina ainda este ano”, diz Marcio. Para 2018, o plano é conquistar o mercado americano.

Formação

Um dos fatores que fez Xavier parar de vender autopeças e entrar no ramo de churrascos foi a questão de estoque. “Quando se vende produtos para carros, o estoque fica parado por muito tempo”, diz. Ele planejou e calculou que atuar no ramo de alimentação seria diferente, mas, resolveu procurar o Sebrae, onde cursou o Empretec, curso de capacitação para empreendedores. “Eu tive de estudar para entrar em outra área, que não conhecida”, afirma. “Hoje posso dizer que estou bastante satisfeito com o que a Xpeto se tornou e os planos que temos.”

Fonte: PEGN