Entrevista de emprego é sempre uma situação tensa. E os candidatos ficam ainda mais nervosos em épocas de crise em que os empregos são mais raros e o tempo para a recolocação aumenta. Por isso, a VOCÊ S/A, em parceria com Maria Candida Baumer de Azevedo, diretora da People & Results, consultoria de carreira de São Paulo, fez uma série de três reportagens para ajudar você a se sair bem nessa etapa.

A segunda parte dessa série mostra o que fazer durante a entrevista de emprego. Confira as dicas da especialista a seguir.

1. Chegue com pelo menos 20 minutos de antecedência. Leia o ambiente, sinta a cultura da empresa, veja como as pessoas se comportam, como se comunicam, o que elas valorizam (os símbolos da empresa). Chegar mais cedo pode ser uma boa oportunidade para conhecer as publicações internas que ficam disponíveis na recepção. “Nesse momento o candidato pode refinar suas perguntas para quebrar o gelo e avaliar melhor sua aderência à empresa. Chegar antes também reduz a ansiedade”, ressalta Maria Candida. Para imprevistos, tenha o telefone do seu entrevistador para avisá-lo de contratempos.

2. No primeiro contato, crie uma conexão positiva. Ao se preparar foram identificados pontos em comum com o entrevistador e com a empresa. Use-os. Vale também citar algo que saiu recentemente na mídia. Havendo abertura, use um desses temas para começar a conversa. Um entrevistador experiente também terá um quebra gelo bem preparado, mas o inexperiente dificilmente. Segundo Maria Candida, por ser um processo que envolve tensão, quebrar o gelo cria conexões e aproxima as pessoas.

3. A menos que você já conheça bem o entrevistador, o comprimento padrão no início de uma entrevista é o aperto de mão. Mão trêmula diz muito sobre o ânimo, assertividade, segurança e a autoconfiança da pessoa. Se na vida social você rotula o outro por isso, em uma situação profissional acontece o mesmo. “Responda às perguntas olhando nos olhos do outro. Não se trata de encarar, mas de dar respostas seguras, firmes, com precisão e sem ter nada a esconder. Olhar para baixo, desviar o olhar, denota dúvida, inconstância e até pode abalar a confiança na veracidade das respostas”, diz Maria Candida.

4. Relaxar em uma entrevista é muito saudável, mas não a ponto de sentar na cadeira como se estivesse assistindo seu programa favorito no sofá. Ocupe a cadeira deixando a coluna totalmente aderente ao encosto e os braços visíveis para o entrevistador, gesticulando quando necessário (sem excessos). “Uma dica importante é avaliar se o outro lado deu sinais de impaciência (atenção para chaves, celular, unha, ou ainda corte nas respostas) isso é sinal de que o candidato está falando demais, ou o conteúdo é que não está mais interessando ou, ainda, a mensagem já foi captada. Se o entrevistador quiser mais detalhes e seu relato estiver insuficiente, ele fará mais perguntas”, diz Maria Candida.

5. Nunca aborde o tema salário por iniciativa própria. Seu foco deve estar nas oportunidades, desafios, perspectivas. Dinheiro deve ser a consequência disso. Ao final da entrevista o candidato pode perguntar quais serão as próximas etapas do processo seletivo e tirar as dúvidas que surgirem.

Fonte: Você S/A