Você sabe escolher azeite? Apenas observando no rótulo se a acidez máxima é de 0,5%, certo? Errado. Em entrevista, Arnaldo Comin, do empório Rua do Alecrim, em Moema, conta que isso é coisa do passado, quando ainda não havia chegado a “onda do azeite”, como já veio a do vinho, do café, do chocolate e os consumidores ficam mais bem informados sobre o que e como comprar. Ele conta que, sim, a acidez deve ser observada, mas em conjunto com outros aspectos.
Um deles é se o local do envase do produto é o mesmo da fabricação, já que levar o azeite em grandes tonéis para ser envasado em outro lugar (outra cidade ou outro país, muitas vezes) pode acarretar oxidação e outras perdas nas qualidades sensoriais.
Outra particularidade é procurar no rótulo a data ou a safra de fabricação e a data de vencimento. No Brasil, ele explica, o produtor não é obrigado a indicar a data de fabricação, apenas o vencimento – e este em geral é de dois anos a partir da fabricação. Como quanto mais jovem o azeite melhor, então azeite bom é o da última safra (na Europa ela é entre setembro e outubro; no Brasil, em torno de abril).
Se você pegar um azeite que está prestes a vencer, significa que ele já passou quase dois anos da sua fabricação. Não vai fazer mal à saúde, mas provavelmente já não terá mais os aromas e sabores vívidos que deveria ter. Em geral, Arnaldo conta, a safra é indicada no rótulo pelos pequenos produtores, que fazem azeites de qualidade superior, com garrafas nacionais de 250 ml que giram em torno de R$ 40.
Abaixo, confira rótulos brasileiros – tanto do Sul quanto do Sudeste – indicados por Arnaldo Comin:
– Ouro de Sant’Ana
Santana do Livramento (RS)
– Borriello
Andradas (MG)
– Prosperato
Caçapava do Sul (RS)
– Oliq
São Bento do Sapucaí (SP)
– Serra dos Garcias
Aiuruoca (MG)
SERVIÇO
Rua do Alecrim
R. Normandia, 12, Moema
Tel.: 5087-8937
Funcionamento: 11h/18h (sáb., 10h/18h; fecha dom.)
Fonte: Paladar