O Ministério da Saúde proíbe a manipulação de comida utilizando utensílios de madeira, não somente a colher de pau, mas quaisquer utensílios de madeira utilizados na cozinha.

 
Na opinião dos especialistas as tábuas de cortar carne e colheres de pau são criadouros de fungos e bactérias, pois ficam alojados nos sulcos da madeira. Porém, muitas pessoas fervem ou deixam imersos na água com cloro as colheres e as tábuas, um método inseguro e ineficiente.

De acordo com o biomédico Paulo Figueiredo, o Doutor Bactéria do programa “Fantástico”, já existe até uma lei, a RDC 216, do Ministério da Saúde, que praticamente proíbe o contato de instrumentos de madeira com a comida. A madeira é perigosa porque é um material vivo, cheio de células, que, em contato com outro material orgânico, puxa os sulcos. E não há uma metodologia correta, eficiente para a higienização. E por higienização, entende-se desinfecção e limpeza, que é o que deve ser feito com tudo que usamos na cozinha.

O melhor é substituir esses utensílios por plásticos. Mas, o Doutor Bactéria alerta que eles não são hereditários. “Quando esses instrumentos estiverem riscados, amarelados, já é hora de substituí-los”, diz. E o melhor jeito de higienizá-los é direto na máquina de lavar louça. “Quem não tiver, pode lavá-los com a parte amarela da esponja e detergente simples, que está ótimo. Uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água ajuda numa higienização mais eficiente”, esclarece.

A adoção de utensílios de alumínio também é aconselhável. Escumadeiras, conchas e colheres de alumínio não oferecem riscos consideráveis à saúde, porque o tempo de contato com o alimento é curto. No entanto, armazenar comida em recipientes de alumínio por tempos longos não é indicado, já que os resíduos eliminados podem ser prejudiciais à saúde.