Cores, sabores e texturas de uma comida fina e delicada ou rodízio bem servido no melhor estilo coma o quanto puder. Os dois! Sempre fui em restaurante japonês pensando que ia sair passando mal. Mesmo não sendo de comer muito, a ideia de ter uma infinidade de coisinhas diferentes para provar e repetir já me dá palpitação. No caso da comida japonesa então, a emoção é maior ainda.

Pois bem, mas e num rodízio japonês sem um peixe sequer? Sem ovo, sem manteiga derretendo no shimeji. Dá para ser feliz? Sim, e muito! Com receitas criativas, coloridas e saborosas, o Sushimar Vegano é um pequeno oásis gastronômico. As receitas têm tudo que o rodízio padrão oferece: entradas como guioza, harumaki – os lindos rolinhos primavera – e cogumelos, e pratos que vão do combinado de sushi ao bifum ao curry. Outro rolinho harumaki, mas com banana e sorvete, encerra o festival.

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Do menu à la carte saem outras delícias orientais. O ceviche do dia era de coco e, sério, não perdem em nada para o de peixe. A textura é perfeita, combina muito com o limão, o tomate e a cebola roxa. Maria Cermelli, sócia do Sushimar, contou que o que ela mais gosta é o de lichia, quando é a época. Como tudo é sazonal, o cardápio pode variar um pouco. Maria está há 27 anos no comando, junto com o um grupo de amigas, do Sushimar. Tudo começou em Paraty, em 1990. De lá pra cá, mais cinco unidades surgiram – quarto no Rio de Janeiro e uma em São Paulo.

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Maria não come carne vermelha e gosta muito das possibilidades da culinária vegana, então desenvolveu, junto com sua equipe de sushimen, um cardápio sem nenhum ingrediente de origem animal. Lançaram as ideias em 2017 com criações saborosas e absolutamente lindas.

A berinjela derretendo por dentro e frita por fora, recheada de tofu e shimeji e a porção de edamame abrem bem os trabalhos. A robata de shitaque é macia e tostadinha. O guioza de shitaque com cabotiá é uma cremosidade só. O de taioba é uma delícia que não pode faltar. Ela é uma PANC – produto alimentício não convencional – comum nas regiões norte e sudeste do Brasil e muito nutritiva. Outra PANC que entra e sai do cardápio conforme é encontrada é a peixinho, que é servida como tempurá e tem sabor muito parecido com o de peixe frito.

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O combinado de sushis é uma obra de arte. Dá até dó de comer (calma, nem tanto). Numa explosão de cores, cada duplinha é mais linda que a outra. Os niguiris – aquele com o arroz por baixo – vêm com shitaque, coco com pesto e ume, abobrinha ou tofu; e sushis de cenoura com edamame ou com wakami são delicados e deliciosos. São realmente as estrelas da casa.

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O cardápio tem ainda algumas opções de saladas e de pratos quentes, como tempurá de legumes, yakissoba, lamen de legumes, cogumelos e tofu, o arroz colorido yakimeshi, curry, bifum e udon com molho picante. Cada prato custa entre R$ 25 e R$ 49. Para encerrar, as novidades do cardápio são de chocolate. Vale provar o brownie macio e quentinho, servido com sorvete de creme. Não dá para acreditar que não leva leite!

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A casa aberta em 2017 fica em um espaço aberto na Alameda Campinas. Tem lugares na pequena varanda, no salão, ou perto do sushiman, no balcão. É um convite ao novo, às pesquisas de sabores e aos desprendimento do padrão. Seguindo ou não uma alimentação vegana, o que vale é sair da caixa e sacar que as possibilidades são infinitas.

Fonte: Hypeness