Fazer um negócio de beira de estrada dar certo não é para qualquer empreendedor. Um empresário virou sinônimo de pastel vendendo o produto no trevo de Bertioga, na Rodovia Rio-Santos. Grandes e com muito recheio, os pastéis viraram ponto de parada na viagem para as pessoas que seguem para o litoral de São Paulo.

O empresário Donizete Aparecido da Silva nasceu em Delfim Moreira, no sul de Minas Gerais, onde trabalhou na roça até os 14 anos de idade. “Eu comecei amarrando pé de vaca, bojando bezerro e carregando água para o pessoal na roça, o chamado bombeiro”, recorda.

Em 1970, ele mudou para São Paulo com o sonho de montar uma pastelaria. Quase 20 anos depois de trabalho assalariado, juntou R$ 30 mil, deixou o emprego, comprou um automóvel Kombi e foi vender pastel na rua. Mas não foi fácil conseguir um ponto. “Quando era tarde, o fiscal já mandava sair. Porém, indicava um outro local. Mas também ao chegar à tarde no outro dia era a mesma coisa. Não conseguia ficar”, lembra Donizete.

Depois de um ano de tentativas, Donizete conseguiu licença da prefeitura para se instalar no trevo de entrada de Bertioga, no litoral de São Paulo.

Há 30 anos o local era quase só mato. No lugar havia poucas pessoas, pouco movimento e a visão de longe de um empreendedor para montar uma pastelaria. Hoje, 3,5 mil carros passam pelo trecho por dia.

“Com a abertura da Rodovia Rio-Santos, eu vi a chegada da nata paulistana, da classe média, que queria descobrir Bertioga, a mais bela praia de São Paulo. Por consequência, o meu negócio diferenciado, esse pastel”, explica Donizete.

Os segredos do Donizete nessa caminhada foram focar em um produto e se especializar no que pretendia vender. Ele criticava os tais “pastéis de vento” que via no mercado e quis oferecer o oposto. O pastel dele tem 30 centímetros.

Donizete vendeu muitos pasteis e ganhou dinheiro. Aí vem outro conselho: “investir em qualidade”. Todos os processos de produção e a própria matéria-prima precisam ser de primeira. Em 2000, o empresário gastou R$ 200 mil em uma cozinha, com dois setores de produção, para abastecer o quiosque.

Os pasteis são montados e vão para o quiosque prontos para fritar. São 30 sabores vendidos por valores que vão de R$ 14 a R$ 35 cada.

Donizete paga R$ 3,5 mil por ano pela licença da prefeitura. A dois quilômetros do quiosque ele montou outra loja. Nas duas unidades, ele vende 150 mil pasteis por ano e ainda fornece a massa para outras seis lojas de pastel licenciadas. No último ano, o empresário faturou mais de R$ 1,5 milhão. Vale a última dica dele: “respeito é a base de tudo. Tem que gostar do que faz e de se relacionar com pessoas.

PASTEL DO TREVO DE BERTIOGA
Avenida 19 de Maio S/N (Trevo de Bertioga)
Rodovia Rio-Santos Km 226, Sitio São João (Loja)
Bertioga/SP – CEP: 11250-000
Telefone: (13) 3317-2924/ (13) 99713 2654
Email: adm.trevo@live.com
www.pasteldotrevodebertioga.com.br

Fonte: G1