Desde o estrondoso lançamento da Kaiser Bock, em 1993, com um jingle que ficava na cabeça – ô ô ô, Kaiser Bock! – e o slogan de “cerveja oficial do inverno”, Bock virou sinônimo de cerveja para os dias frios no Brasil.

Mais encorpada e alcoólica do que as cervejas da época, a Bock foi criada em Einbeck, no século 14, e teve sua qualidade reconhecida em toda a Europa, despertando o ciúme dos bávaros. Até que Ludwig X da Baviera importou um cervejeiro de Einbeck para Munique e a região também passou a fazer boas Bock.

Há várias versões para a origem do nome, a mais provável é que ele venha da contração de Ainpock ou Oanbock, como Einbeck era chamada no dialeto da Baviera. Além disso, diziam que a cerveja era forte como o coice de um bode – “Beck” significa “bode” em alemão. E, por isso, diversos rótulos de Bock, têm bodes estampados.

A partir da receita inicial, surgiram derivações, vários estilos que têm “Bock” no nome, mas não são todos iguais – Bock, Maibock, Helles Bock, Dunkel Bock, Doppelbock, Eisbock, Weizenbock…

Ser do grupo das cervejas do tipo Bock está ligado, essencialmente, à potência alcoólica, que tem que, necessariamente, ser mais de 6%. O que esses subestilos têm em comum é o foco no sabor do malte, representado pelas notas de cereal, mel, caramelo, toffee ou delicado tostado. Cor, ingredientes e amargor variam.

Providencie os rótulos e prepare-se para abandonar o cobertor no meio da degustação. Bock não se bebe muito gelada: quanto mais alcoólica, mais alta pode ser a temperatura, variando entre 6 e 12ºC. E, sim, dá para harmonizar com bode!

Ela acompanha bem ainda outros pratos com carne vermelha, pato, cogumelos, queijos intensos e até mesmo charutos.

BOCK

A cor vai do acobreado ao marrom. No sabor predominam notas de caramelo e toffee vindas do malte. O amargor é baixo, suficiente apenas para dar suporte à doçura da bebida. O teor alcoólico varia em torno de 6 e 7%.

SCHORNSTEIN BOCK

 

SCHORNSTEIN BOCK

Origem: Holambra, SP

Preço: R$ 20 (500 ml) na Fábrica 75

 

 

 

 

WEIZENBOCK

Versão mais forte de Weissbier, a famosa cerveja de trigo alemã. Combina notas clássicas de banana e cravo com intensa presença do malte da Bock ou Doppelbock. Costuma ser escura, mas pode ser clara, com menos complexidade dos sabores de torrefação do malte.

EISENBAHN WEIZENBOCK

 

EISENBAHN WEIZENBOCK

Origem: Blumenau, SC

Preço: R$ 7,90 (355ml) em cervejaexpress.com.br

 

 

 

HELLES BOCK OU MAIBOCK

“Hell” é “claro” em alemão. Ou seja, esta é a versão clara da bock. Leva maltes claros, com notas de biscoito e mel, em vez dos mais tostados. Quando a Helles é feita em maio, leva mais lúpulo e se chama Maibock. O teor alcoólico varia entre 6% e 7,5%

BAMBERG MAIBAU

 

BAMBERG MAIBAUM

Origem: Votorantim, SP

Preço: R$ 15,40 (600 ml) na Bamberg Express

 

 

EISBOCK

É feita a partir do congelamento (“Eis” é gelo em alemão) da Doppelbock ou da Weizenbock. Como a água congela e o álcool não, o gelo vai sendo retirado durante o processo, ou seja, a cerveja fica mais concentrada e mais alcoólica e licorosa. O teor alcoólico varia de 9% a 14 %

AVENTINUS WEIZEN-EISBOCK

 

AVENTINUS WEIZEN-EISBOCK

Origem: Alemanha

Preço: R$ 22,90 (330ml) em clubedomalte.com.br

 

 

DOPPELBOCK

Estilo foi criado pelos monges da Paulaner com o rótulo Paulaner Salvator, para ser consumido no jejum da Quaresma. “Pão líquido não quebrará o jejum.” “Doppel” quer dizer “dobro” em alemão, ou seja, é mais forte que a original, alimenta ainda mais. O resultado desse álcool todo era visto como manifestação divina. Amém! O mais comum é ser mais escuro, mas há as versões claras. Muitos rótulos têm o nome terminando em “-ator”, para homenagear o rótulo “pai de todos”, ou pegar carona na sua popularidade. O teor alcoólico varia de 7% a 10%

TUPINIQUIM THOR

 

TUPINIQUIM THOR

Origem: Porto Alegre, RS

Preço: R$ 24,90 (310 ml) na Cerveja Store

 

 

 

Fonte: Paladar