Segundo dados do IBGE, 8% dos brasileiros são vegetarianos. Apesar do crescimento desse movimento, é difícil encontrar muitas opções de restaurantes que atendem este público nas plataformas de delivery que atuam no Brasil. Pensando nisso, o administrador Dimitri Fernandes, 28 anos, resolveu criar o Meatless, aplicativo que oferece exclusivamente opções vegetarianas e veganas para serem entregues em casa.

Vegetariano há 15 anos, Fernandes trabalhava na Endeavor, organização de apoio a empreendedores de impacto no Brasil, antes de criar seu primeiro negócio. “Sempre tive vontade de empreender e, desde que me mudei para São Paulo, há quatro anos, tive dificuldade em encontrar variedade de opções sem carne nos cardápios de delivery da capital”, conta o cearense.

O empreendedor começou, então, a questionar se outras pessoas passavam pela mesma situação e encontrou nesse problema uma oportunidade de negócio. “Resolvi investir em uma plataforma que focasse na alimentação vegetariana e vegana. De início, fui atrás dos restaurantes vegetarianos mais conhecidos da capital para serem parceiros. Contudo, descobri que 30% do público desses estabelecimentos não eram vegetarianos, apenas buscavam uma alimentação saudável. Então, decidi também atrair este público para o negócio”, conta Fernandes.

O empreendedor buscou também restaurantes que não fossem somente vegetarianos, mas que tivessem pratos sem carne, sem ovo e sem leite. “Apesar do nosso foco ser o público específico, que abraça a causa e que nos ajuda com a divulgação, por serem muito engajados, para conseguir usuários em grande escala também era preciso chegar ao público que só é adepto a uma dieta saudável”, diz Fernandes

Dimitri Fernandes, Rodrigo Borges e Rodrigo Maués são os proprietários do Meatless (Foto: divulgação)
Dimitri Fernandes, Rodrigo Borges e Rodrigo Maués são os proprietários do Meatless (Foto: divulgação)

Em 2015, ocorreu todo o processo de pesquisa, testes e validação do produto no mercado. No início de 2016, Fernandes e seus dois sócios, Rodrigo Borges, 27 anos, e Rodrigo Mauá, 27 anos, lançaram a versão oficial do app para iOS e Android. “Estamos há seis meses no mercado e investimos inicialmente R$ 20 mil. Hoje, nós faturamos com a taxa de 7% em cima da performance mínima de cada restaurante que varia de acordo com o volume do estabelecimento e do número de pratos vendidos pelo app”, conta.

O aplicativo é gratuito e, por enquanto, funciona somente em São Paulo (SP). Entre as metas da startup estão levar o app para o Rio de Janeiro até o mês que vem e crescer de 20 mil usuários para 300 mil até 2017. “Queremos que dos 300 mil usuários que esperamos ter até o ano que vem 50% não sejam vegetarianos, de modo que mais pessoas criem a consciência da alimentação saudável e façam parte desse movimento”, diz o empreendedor.

Fonte: PEGN