Graças ao sucesso do programa ‘Que Seja Doce’, Felipe Bronze já está gravando a segunda temporada do reality gastronômico do GNT, que estreia no ano que vem. “O nível dos confeiteiros está ótimo”, afirma. Ao mesmo tempo, o chef está se dedicando a outro reality do gênero, a versão brasileira do ‘The Taste’, ao lado dos colegas André Mifano e Claude Troisgros.

“Na edição passada, tivemos 240 cozinheiros inscritos, desta vez foram 600. Estamos interessados em elevar o nível dos participantes, não em esculhambar com eles como acontece em alguns programas de culinária”. Felipe reinaugura em breve o restaurante Oro, no Rio, e está procurando local em Miami para abrir a primeira filial em solo americano. “Agora a cozinha de vanguarda, que pratico há 10 anos, vai ao encontro do melhor da culinária tradicional”, promete o chef, que bateu um papo com a coluna:

Quais as novidades da segunda temporada do ‘Que Seja Doce’?

O que posso adiantar do ‘Que Seja Doce’ é que essa segunda temporada está ainda mais gostosa, o nível dos confeiteiros está incrível. Estamos interessados em elevar o nível dos cozinheiros e não esculhambar com eles, como as vezes acontece em alguns programas do gênero. Já gravei 18 episódios em julho, da primeira temporada, e agora estou fazendo mais uma leva de 30 da segunda, que estreia ano que vem. Acabando essa maratona tenho só quatro dias livre e já volto ao estúdio para gravar a nova temporada de outro programa culinário, o ‘The Taste Brasil’.

Como vê o sucesso dos realitys gastronômicos?

Gastronomia é uma forma de conexão entre as pessoas. É um dos poucos assuntos que une todo mundo: cada um tem um doce preferido, um prato que mais gosta, algo que detesta comer…carne mal passada, bem passada, ovo com gema mole, gema dura. Comida é, portanto, um assunto que interessa a todos. Talvez por isso que esses programas culinários têm feito tanto sucesso, todo mundo se interessa pelo assunto.

Hoje os chefs viraram estrelas, celebridades mesmo. A que atribui isso? 

As pessoas estão cada vez mais preocupadas com o que estão comendo e os chefs têm uma função importante aí, em desbravar os alimentos, mostrar o que pode ser feito com cada alimento. Os profissionais responsáveis por esses momentos de alegria que é comer bem começaram a despertar interesse e ganhar visibilidade. Isso tem a ver com a evolução da profissão, que está cada dia mais respeitada e profissionalizada.

"Gastronomia é uma forma de conexão entre as pessoas, é um dos poucos assuntos que une todo mundo", diz Felipe Bronze (Foto: Letícia Moreira/ Época)
“Gastronomia é uma forma de conexão entre as pessoas, é um dos poucos assuntos que une todo mundo”, diz Felipe Bronze (Foto: Letícia Moreira/ Época)

O que acha do fenômeno da gourmetização? Hoje em dia tem até pipoca gourmet…

Tem um lado muito chato de gourmetizar coisas gostosas: atrapalha a simplicidade de uma certa receita, de uma certa comida, que é boa justamente por ser simples. Existe muito excesso e acho a gourmetização em geral uma chatice. Mas não se pode confundir a gourmetização com a atenção. Dizer que um brigadeiro é gourmet, acho ruim para o doce. Mas se ele é feito com um chocolate mais gostoso, com maior qualidade, feito com mais atenção, acho simplesmente uma evolução natural do brigadeiro. Ele não precisa de um aposto, é só o bom, velho e delicioso brigadeiro. Só que feito com mais atenção. Frescura demais na cozinha atrapalha.

Como vai ser seu outro programa, o ‘The Taste’?

O programa já é um sucesso nos Estados Unidos, Canadá e Alemanha. Nessa segunda temporada venho expectativa total, pois na primeira meu time foi o vencedor. Soube que o nível dos cozinheiros aumentou exponencialmente e o prêmio, desta vez, é de R$ 100 mil.

Fonte: Época